ARTECH 2015. 7th International Conference on Digital Arts – Creating Digital e-Motions. Óbidos, Portugal, March 18-20, 2015
ARTECH 2015 é a Sétima Conferência Internacional sobre Artes Digitais, desta vez organizada pela Universidade Aberta, na antiga vila de Óbidos, Portugal. O objetivo da conferência é promover o interesse pela cultura digital atual e sua intersecção com a arte e a tecnologia como um campo de pesquisa importante, mas também como um espaço comum de discussão e troca de experiências novas.
PROGRAMA
***O programa detalhado pode ser baixado aqui ***
***A acta pode ser baixada aqui ***
Oradora confirmada: Christa Sommerer
Christa Sommerer é uma artista de mídia de renome internacional que trabalha na área de instalação de computador interativo. Ela é Professora na Universidade de Arte e Design em Linz na Áustria, onde ela chefia o Departamento de Cultura da Interface do Instituto de Mídia. Sommerer anteriormente ocupou cargos como Professora na Academia Internacional Iamas de Artes e Ciências de mídia em Gifu, Japão e como Pesquisadora e Diretora Artística da ATR mídia Integração e Comunicações Laboratório de Pesquisa em Kyoto Japão. Ela também foi Pesquisadora Visitante no MIT em Cambridge CAVS EUA, no Instituto Beckmann em Champaign, IL, EUA e do Centro NTT-InterCommunication em Tóquio.
As obras de Sommerer são consideradas um “marco temporal” (Toshiharu Itoh, Museu NTT-ICC) para o desenvolvimento de interfaces naturais e intuitivas e muitas vezes com a aplicação de princípios científicos, tais como a vida artificial e sistemas generativos em seus projetos inovadores de interface homem-máquina. Mignonneau e Sommerer criaram instalações com computadores interativos pioneiras como a “Interactive Plant Growing” (1992), “Anthroposcope” (1993), “A-Volve” (1994), “Trans Plant” (1995), “Intro Act” (1995), “MIC Exploration Space” (1995), “GENMA” (1996), “Life Spacies” (1997), “Life Spacies II” (1999), “HAZE Express” (1999), “VERBARIUM” (1999), “Industrial Evolution” (2000), “PICO_SCAN” (1999/2000), “Riding the Net” (2000), “The Living Room” (2001), “The Living Web” (2002), “Nano-Scape” (2002), “Mobile Feelings” (2003) e “Eau de Jardin” (2004).
Orador confirmado: Álvaro Barbosa
Indústrias Criativas em Macau: Inovação e Tradição na USJ
Macau é uma das regiões com a economia que mais cresce, fortemente baseada em uma indústria de entretenimento, jogo e turismo, e que está a desenvolver um modelo sustentável que articula setores complementares dentro das indústrias culturais e criativas. A Universidade de São José (USJ) tem uma longa tradição como uma universidade internacional nesta região e se destaca como anfitriã de um Centro de Pesquisa na área das Indústrias Criativas. Esta apresentação irá apresentar os recentes desenvolvimentos na USJ no campo da comunicação e mídia, design e arquitetura, bem como a pesquisa em tecnologia interativa de mídia, paisagens sonoras urbanas, ambientes audiovisuais imersivos virtuais e fabricação digital.
WORKSHOPS PRÉ-CONFERÊNCIA
Estas sessões de pré-conferências destinam-se a estudantes, profissionais e público em geral (não é obrigatório estar inscrito na conferência). Elas duram uma manhã ou tarde. A inscrição é paga (25€ até 31/1/2015 e 30€ depois) e sua realização depende do número de inscrições confirmadas (ver a página Inscrição).
WORKSHOP 1: Sensores e atuadores
Este workshop é composto de 4 partes. Cada tópico tem a duração de 1 hora e foca os seguintes pontos:
- Como conectar sensores e atuadores?
- Como utilizar o Arduino?
- Que sensores / atuadores podemos utilizar?
- Executar uma instalação interativa, chocante e enigmática
José Coelho é professor na Universidade Aberta. Ele é responsável por vários cursos de programação na área da tecnologia da informação, incluindo, Programação de Artefatos Digitais e Sensores e Atuadores.
WORKSHOP 2: Encontro aberto sobre composição e outra documentação nas práticas efémeras da performance audiovisual ao vivo
Parte do processo criativo de diversos artistas não só inclui o registo das diversas etapas como, a partir destes, desenvolvem documentação, como por exemplo, partituras, textos, imagens (desenho ou fotografia), que integram livros, vídeos documentais, etc.
Cada participante é convidado a intervir no sentido de sugerir novas direcções às práticas artísticas que são, na sua essência, efémeras.
Ana Carvalho é artista Intermédia, compõe e faz performance com vídeo. As imagens do trabalho videográfico performativo de Ana Carvalho traduzem a incessante procura, através das cores e das formas inerente à multitude Naturopolifónica, da relação entre o microscópico e o cósmico, entre a unidade e o indistinto estrelar ruidoso. Os seus projectos descrevem interacções com outros de onde surgem combinações narrativas entre a ficção e a realidade e que reflectem o processo como prática artística.
Artista vencedora do prémio Bolsa Ernesto Sousa 2012, trabalha em ambientes colaborativos com artistas de várias áreas mas especialmente artistas sonoros, entre eles: Andrea Parkins (EUA), Ben Owen (EUA), Brendan Byrne (UK), Maile Colbert (EUA / PT) e João Ricardo (PT). Apresentou as suas performances no Experimental Intermedia Foundation (Nova Iorque), Vision’R Festival (Paris), Arranjos Experimentais (São Paulo) e Decalcomania Curatorial Project, Newlyn Gallery (UK), entre outros.
WORKSHOP 3: Let´s be creative! Introdução aos Media Interactivos
Este workshop orientado para criativos da área das artes, design e comunicação, assim como informáticos com interesse nas áreas criativas, tem como objectivo a introdução dos media interactivos no contexto das artes, design, comunicação, arquitectura e marketing.
Na primeira parte do workshop serão apresentados vários casos de estudo e conceitos associados aos media interactivos que têm mudado a forma como o publico percepciona, interage e participa com conteúdos, sejam estes instalações artísticas ou activação de produtos e marcas no contexto da publicidade interactiva envolvendo a participação dos publico.
Na segunda parte do workshop vão-se formar grupos de trabalho para se desenvolverem ideias potencialmente criativas – artísticas ou para a promoção de produtos e marcas – que serão discutidas e acompanhadas tecnicamente pelo formador. O workshop conclui com uma discussão e apresentação dos brainstormings a todo o grupo de trabalho.
Rudolfo Quintas Rudolfo Quintas é um artista-investigador em Média-Arte Digital, tendo desenvolvido uma série de projectos artísticos internacionalmente premiados no contexto de instalações e performances, assim como director criativo de projectos no contexto de marketing de guerrilha digital para a TMN, FIAT, Optimus Alive entre outros.
WORKSHOP 4: Avistar a programação musical
Neste workshop será dada uma brevíssima introdução à programação musical, privilegiando-se o vislumbrar das possibilidades criativas que dela advêm. Baseado no software gratuito de programação musical Pure Data (http://puredata.info), irão ser ilustradas técnicas e possibilidades de manipulação e interacção com som que, quiçá, originarão uma singela performance no final do workshop, em estilo “orquestra de laptops”. A workshop terá uma duração de 3 horas e cada formando deverá ter o seu próprio laptop.
Filipe Lopes em 2003 licenciou-se em Educação Musical na Escola Superior de Educação do Porto. Em 2007 completou o bacharelato em Composição na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto (ESMAE), criando laços fortes com a música electrónica e novas tecnologias. Em 2006 vence o prémio “melhor áudio experimental” no Festival Black&White e em 2007 foi compositor residente na Miso Music Portugal (LEC). Em 2009 finaliza o mestrado no Instituto de Sonologia, em Haia, onde desenvolveu Õdaiko, um software de geração de partituras em tempo-real. Leccionou música electrónica na ESMAE entre 2009 e 2011, onde também fundou o ensemble 343. De Setembro de 2010 a Agosto de 2012 foi curador do projecto Digitópia, na Casa da Música onde já desenvolvia actividade regular desde 2007 como colaborar, criador de workshops, concertos e software na área da educação musical. Tem desenvolvido trabalho na área da composição de música electrónica e instalações multimédia, quer no âmbito do cinema, teatro ou video-instalação. Em 2012, foi um dos vencedores do prémio Cri.D.A. organizado por Guimarães- Capital Europeia da Cultura, e em 2013 vence o prémio europeu ECPNM para obras de música electrónica em tempo-real, com uma peça onde usa o software desenvolvido por si “Do Desenho e do Som”. Actualmente é bolseiro da FCT, realizando um doutoramento em Médias-Digitais na Universidade do Porto e UT Austin. Sob a orientação de Carlos Guedes e Bruce Pennycook, investiga sobre Compor Música com o Espaço.